«que sentir é este sentir dos meus sentidos a sentir?»
«os sentidos são a engenharia da arte e o sentimento o projeto»
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
teu corpo eu jamais o tive
por onde passam os meus sonhos
porque não te encontro por ai
se é tão breve esta vida?
que faz o teu corpo agora
quando venero tua alma?
sim, eu já vi o teu corpo
mas eu ainda nunca o senti
qual alma perdida
que prazer
que loucura
que orgasmo…
e eu já vi o teu corpo
ai como eu já o vi!...
vem, afasta-te de mim…
não me faças viver assim
corpo de mulher
pura vida em desejo
e eu já vi o teu corpo
e como só eu sei que o vi!...
não te escondas por ai
diz-me antes que existes
e que nada sabes de mim
mesmo que sempre
eu esteja a pensar em ti
ou será que penso
no corpo que vi
e que por ele eu morri
por saber que esse teu corpo
eu jamais o tive?
não posso deixar de te sentir
não posso deixar de te sentir
os teus olhos nos meus
este seguir dos nossos antepassados
roja-me o corpo a um remendo
de uma madrugada com excesso de ti
que já foi vivida no tempo
e não se apaga o momento
a estranha sensação de te ter
sem te chamar só recordar-te
num sonho adormecido por ai
e faltou-me tanto as palavras
ficou apenas este corpo mudo
a sentir o interdito
a beber o sulco das tuas formas
num suspenso silêncio
onde me deliciei desde o começo
não posso deixar de te sentir
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
ama-me uma e outra vez mais
sinto no meu corpo o frio da noite
tanto é este frio que sinto
que sou tentado pelo pecado mortal
este desejo ardente de querer
a chama incandescente da tua carne
e sinto-te nos mais impuros desejos
na minha cama… a paixão avança
corpos nus se misturam
o brilho do suor reluz na pele
o teu sangue quente… a tua respiração
o colar da minha boca em teus lábios
e roubo-te os sentimentos violo-te a alma
rasgando-te a pele com a forma fiel
do voltar de uma outra nova madrugada
e perco-me nesse emaranhado
de zonas e pontos geográficos
esboçados sobre o mapa inexplorado
pelos meus dedos
agora a percorrer os caminhos
das carícias eróticas
os montes de teus seios
os vales de tua vulva e nádegas
os rios dos líquidos do teu prazer
neste inquietante dia gelado
onde o sol se esconde escaldante
atrás dos gemidos que se ouvem
que pouco a pouco em gritos se transformam
e perco-me… descontrolo-me…
até que estala o clímax
uma onda de erupção de géiser
tomas-me disperso nesta paisagem
onde as imagens são de desejo
exploradas milímetro a milímetro
nesta paixão sem destino… és tu
ama-me uma e outra vez mais
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