soubesse eu
de umas quantas palavras
para poder escrever
o que sinto...
fosse eu um tempo
interminável
em gestos e sentimento
fosses tu a invenção
do meu destino
e eu um mero ser eterno
capaz de viver outra vida...
mas há uma falência em mim
cadente de verbo
e roubada pelo tempo
que me impede de exprimir
fico então a olhar teus olhos
«que sentir é este sentir dos meus sentidos a sentir?»
«os sentidos são a engenharia da arte e o sentimento o projeto»
sábado, 1 de março de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
o monstro sou eu e eu nunca notei
a noite esta sem lua
não vejo as sombras da vida,
a tua ausência torna as horas
uma a uma cada vez mais frias
no campo
o branco das flores
das amendoeiras
impedem a tua presença
são tão breves os seus dias
para poderem mostrar sua beleza
que eu não posso negar
a luz fusco da escuridão
para em seus últimos momentos
ficar por lá as contemplar
a noite avança o frio queima
a aragem vem na escuridão
para esconder as silhuetas
tatuadas de desilusão
pétalas caem pelo chão
deixando um tapete branco
que o vento vai desenrolando
à medida dos meus passos
perfumando de branco
a paisagem do intenso preto
vida e morte
sonho e hediondeza
a satisfazer o prazer da noite
e a elogiar a tua ausência
só ouço vozes e murmúrios
dos fantasmas do dia
que ainda insistem no teu rosto
e diante uma janela embaciada
tentam criar a tua presença
a noite sabe mais do que devia
sabe bem que é escura
por mais que tente tatear
ouvir e cheirar na sua negrura
não deixa ver o lugar
onde habitas e me podes amar
eu não te vou poder achar
lembro-me que em menino
eu não tinha medo do escuro
apenas receava não encontrar
a bela e monstro a namorar
agora entendo
esta minha decepção
afinal a bela é ela
o monstro eu não o encontrei
foi então que percebi
que o monstro sou eu
e eu nunca notei
não vejo as sombras da vida,
a tua ausência torna as horas
uma a uma cada vez mais frias
no campo
o branco das flores
das amendoeiras
impedem a tua presença
são tão breves os seus dias
para poderem mostrar sua beleza
que eu não posso negar
a luz fusco da escuridão
para em seus últimos momentos
ficar por lá as contemplar
a noite avança o frio queima
a aragem vem na escuridão
para esconder as silhuetas
tatuadas de desilusão
pétalas caem pelo chão
deixando um tapete branco
que o vento vai desenrolando
à medida dos meus passos
perfumando de branco
a paisagem do intenso preto
vida e morte
sonho e hediondeza
a satisfazer o prazer da noite
e a elogiar a tua ausência
só ouço vozes e murmúrios
dos fantasmas do dia
que ainda insistem no teu rosto
e diante uma janela embaciada
tentam criar a tua presença
a noite sabe mais do que devia
sabe bem que é escura
por mais que tente tatear
ouvir e cheirar na sua negrura
não deixa ver o lugar
onde habitas e me podes amar
eu não te vou poder achar
lembro-me que em menino
eu não tinha medo do escuro
apenas receava não encontrar
a bela e monstro a namorar
agora entendo
esta minha decepção
afinal a bela é ela
o monstro eu não o encontrei
foi então que percebi
que o monstro sou eu
e eu nunca notei
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
procuro silêncios
em nenhum lugar
o encontro
como será sentir
a sua respiração no vazio?
um só bastaria
para saciar
esta sede e fome
do meu pensamento
tanto mas tanto
é o desejo de o encontrar
quero parar este ruído
que me está
a corroer os sentidos
- cala-te poema!
procuro silêncios
o encontro
como será sentir
a sua respiração no vazio?
um só bastaria
para saciar
esta sede e fome
do meu pensamento
tanto mas tanto
é o desejo de o encontrar
quero parar este ruído
que me está
a corroer os sentidos
- cala-te poema!
procuro silêncios
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