«que sentir é este sentir dos meus sentidos a sentir?»

«os sentidos são a engenharia da arte e o sentimento o projeto»

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

SAUDADES DE UM POEMA




























Nesta noite,
não tive saudades de um amor,
nem de amar a mulher com doces palavras
em beijos que serei incapaz de contar
na cama onde sempre cabe um grande amor.
Apenas quis o que não vi, nem escrevi
Apenas sonhei ter sentido o que quis ver
na voz que se calou no tempo,
como ave ferida em noite fria.
Deitado na folha branca deste papel
esperei o poema que há muito o sinto,
as palavras que me ajudassem a escreve-lo
capazes de iluminarem o meu sentimento
nada mais surgiu que palavras banais
que o dia a dia destes meus dias
me fornece em excessos repetidos,
tornando iguais a todos os demais.
Fiquei apenas com os meus gestos
tentando inventar um poema
ainda não escrito no interior do dia
o poema que devia ter sido,
ficou escondido sobre o fato de um homem,
um homem (a)normal que quer e não quer
este desencontro continuado,
cerrando com um beijo os lábios
que deixou na boca uma saudade,
com um olhar indiferente a tudo
no sonho impossível de ser poema.
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