
só quero vê-la
diante de mim
no distante
que estou de si
quem dará
aos meus olhos
um olhar
de trespassar horizontes
ao longe
onde vive ancorada
uma palavra sem som
à espera de um corpo
no último ângulo do mar
onde ventos de ternura
sopram seus cabelos
na leve ausência
deste tempo e espaço
galga a insinuante lua
provocando nos sentidos
os seus doces delírios
inquieta e semi-nua
os meus olhos
inventam os seus
num contorno de mulher
este distante
que estou de si
começa aqui