
sinto no meu corpo o frio da noite
tanto é este frio que sinto
que sou tentado pelo pecado mortal
este desejo ardente de querer
a chama incandescente da tua carne
e sinto-te nos mais impuros desejos
na minha cama… a paixão avança
corpos nus se misturam
o brilho do suor reluz na pele
o teu sangue quente… a tua respiração
o colar da minha boca em teus lábios
e roubo-te os sentimentos violo-te a alma
rasgando-te a pele com a forma fiel
do voltar de uma outra nova madrugada
e perco-me nesse emaranhado
de zonas e pontos geográficos
esboçados sobre o mapa inexplorado
pelos meus dedos
agora a percorrer os caminhos
das carícias eróticas
os montes de teus seios
os vales de tua vulva e nádegas
os rios dos líquidos do teu prazer
neste inquietante dia gelado
onde o sol se esconde escaldante
atrás dos gemidos que se ouvem
que pouco a pouco em gritos se transformam
e perco-me… descontrolo-me…
até que estala o clímax
uma onda de erupção de géiser
tomas-me disperso nesta paisagem
onde as imagens são de desejo
exploradas milímetro a milímetro
nesta paixão sem destino… és tu
ama-me uma e outra vez mais