
E o prazer a dor duma agonia...
A desfiar as horas do meu dia,
Como se o Paraíso fosse o Inferno,
E o prazer a dor duma agonia…
Deixo viver a vida que está morta,
Na transfusão do ser que não é nada,
Que eu vivo numa casa sem porta,
Caminho num deserto, sem morada...
E julgo que sou eu... E eu... pessoa
Que pensa ama e crê... sem caminhar
Na senda certa em que vive à toa...
O som e a sombra são o jovem e o velho,
Que se vestem de branco e de vermelho,
Onde me escondo para não me encontrar...