
dá-me o teu corpo
entregue aos sentidos
deixa-me ser um leve sopro
nos teus seios pervertidos
um amante descontrolado
em anseio no prazer unido
dá-mo assim calado
aconchega essa nudez
ao elucido gemido
da minha insana insensatez
ternura faminta indiferente
à alma vertida em pudor
que se despe indecentemente
aos sinais lúbricos do calor
como é carente
este sentimento insaciável
intensos segredos da mente
de extrema violência incansável
grito e outro grito vibrante
tomam o teu corpo violável
é neste instante inconstante
em que eu peço o teu corpo
só por pouco, muito pouco,
faz de mim um homem louco