desejo deitar-me contigo
pode ser já... pode ser amanhã
mas que faça frio na rua
eu apenas quero sentir-te
quente numa cama comigo nua
juntar a minha pele à tua
tatear teu corpo e lê-lo em braille
sentir com suavidade o teu embale
pelas minhas delicadas caricias
e que às células de tua derme
partilhem o seu calor com o meu
fundi-las à mesma temperatura
e se essa chama invocar o amor
não… eu não irei querer amar-te
pode ser já... pode ser amanhã
mas que faça frio na rua
eu apenas quero sentir-te
quente numa cama comigo nua
juntar a minha pele à tua
tatear teu corpo e lê-lo em braille
sentir com suavidade o teu embale
pelas minhas delicadas caricias
e que às células de tua derme
partilhem o seu calor com o meu
fundi-las à mesma temperatura
e se essa chama invocar o amor
não… eu não irei querer amar-te
quero antes sentir o teu mundo
como se fosse também o meu
despido de sensações que nos enganam
só os nossos corpos nus encostados
nos mútuos tecidos que se discirnam
por silêncios incontidos em si
e libertos do vício do sexo
podemos exalar nas paredes do quarto
o espectro de melífluas quimeras
a unir muito… mas muito… mais perto
as nossas emoções puras e etéreas
e sem que os corpos hajam copulado
será certo que irão sentir forte orgasmo
com os corpos e os corações ligados
num coito de sentidos sagrados
num coito de sentidos sagrados