
Há rios nas tuas mãos
que desaguam no teu corpo ardente,
entre margens brancas de areia,
Peixes chegam pela manhã
em alvos de água transparente,
deixando reflectir teu corpo nu
no trigo verde que se desfaz nas ondas,
onde descansam sonhos dispersos
gozando do calor das planícies.
E os nossos corpos tocam-se
com o ar das águas e dos campos.
Não sei se és gente, corpo ou alma
Pouco me importa, neste instante,
o que afogueia as minhas veias…
© Jorge Oliveira
Publicado no RL em 05/08/2008
Código do texto: T1113984
FOGO NAS VEIAS