
inventa-me com os teus dedos
dá-me todos os teus sentidos
descreve-me nos gritos
de teus ardentes gemidos
entrega-me apenas o teu corpo
deixa a tua alma para outro
quero-te sem as regras formais
(mesmo que seja por pouco)
quero-te a sós, a ouvir teus ais
deixa que as tuas mãos moldem as palavras
escondidas no corpo que nunca as diz
fundi-te a mim no instinto da sedução
da avidez da carne faminta de tesão
ou castra-me com este segredo
inesgotavelmente carente pelo medo
inventa-me com os teus dedos
mas não ouses me dar um sexo
o suave toque de tuas mãos sem nexo
podem fazer vibrar todo o corpo
(apanharás os cacos por ai no chão)
Como é grande este desejo em mim
e eu não lhe sei por um fim…