«que sentir é este sentir dos meus sentidos a sentir?»
«os sentidos são a engenharia da arte e o sentimento o projeto»
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
não consigo fugir mais aos teus olhos
não consigo
fugir mais
aos teus olhos
esse teu sorriso
tão leve de menina
em sedução de olhar
de mulher felina
diz-me antes não
não me deixes assim
carente de tudo
(menos desta ilusão)
não deixes em mim
este bater de pobre coração
andar por ai (perdido por ti)
diz-me antes não
ou então
(acaba com este fim!)
Diz-me apenas sim...
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
duplicidade cúmplice
elejo a confusão
peço auxilio aos sonhos
mas irrequieto fico
com a palavra suada:
vinda de longe, muito longe
além do sonho, além da alma
tão extático este espaço
mundo real da fantasia
diálogo sem narrador
dos contos de criança
identidade autêntica ou de fábula
duplicidade cúmplice
enclausurada entre dois eus
uma vontade de sair da ausência
outra de ficar entre a vacuidade
quem sou eu sem este excesso?
serei uma exuberante confissão
da palavra parida no mundo da fantasia?
ou obedeço ao ser finito
embuçado na malha do verbo amar
que em pura ignorância
tenta escrever o verbo do silêncio
na imensa vastidão do mar?
o silêncio
é sempre
a mesma pergunta
é sempre
a mesma resposta
aqui estou de novo
lado a lado
a falar com ele
murmuramos
os dois
e
é sempre
a mesma pergunta
é sempre
a mesma resposta:
o silêncio
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