«que sentir é este sentir dos meus sentidos a sentir?»

«os sentidos são a engenharia da arte e o sentimento o projeto»

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

ORA RESPIRO ORA SUFOCO
























Tão perto sinto
a vida como a morte.
Estremece o meu ser
de puro prazer
por tanto viver
ou por estar a morrer?
Ténue respiração
indispensável à vida,
ténue sopro alveolar
que não supera a morte.
Estado de vigila
para os sentidos alertar.

Coma vegetativo
em sono crepuscular.
Pássaro frágil surpreendido
hesitante entre a vida e a morte.
Lenta ponta de lança lançada
pelo passado de bruma passada
que continua equilibrada
entre o vigor e o terror.
Duelo aceso
entre o eclipse de fogo
e a sombra da tenebrosidade.
Curva seminal
que gera vida baseada
no corpo, no rosto,
nos lábios, língua,
seios e sexo
e nos limites da imaginação.
Veneno infernal
que rasga a alma
desventra os olhos
líquidos escorrendo do silêncio
a penumbra de um talvez…
E por ai
ora respiro ora sufoco.

1 comentário:

Ana Coelho disse...

Ora respiro ora faço bao poesia.

Jinho

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