por todos os lugares
tento chegar ao aroma
do teu perfume
numa rosa vermelha
mas não te encontro
a roseira sorri para mim
solta uma pétalaque entra em minha boca
onde posso saborear esta paixão
mas tudo é uma quimera
é outono e tu não estás
apenas uma folha cai
e vem ter comigo a meus pés
fico atento ao vento
esperando ouviros teus suspiros
mas não te oiço
e neste ar que respiro
procuro sentir teu corpo
mas não acaricio
a tua suave pele
o vento alegra-me
com outra folha de outonoa cair a meus pés
abro os meus olhos
e não te vejonão te sinto nem te toco
esta impossível
capacidade de te ter
nos meus sentidos
atira-me para
o labirinto da minha morte
não encontro a saída
que abre a tua porta
fecho os olhos
tentando morrer sozinhocom os olhos fechados
vi uma luz brilhante
(não sei se morria ou vivia)
a luz aproxima-se mais de mim
e por entre ela
surgia a tua imagem
via-te agora diante de mim
vieste ter comigo
com a rosa vermelha ao peito
afinal os sentidos enganam
só o sonho repara as suas falhas
atirei as duas folhas que vieram
cair a meus péspara cima do teu ventre
onde se uniram e fecundaram
um filho meu
a que chamei
ROSA
1 comentário:
Meu amigo o seu poetar é simplesmente o que há ...gostaria muito de que um dia me permitisse musicar um das suas lindas poesias para que fossemos parceiros pois és um fonte inesgotável de beleza um grande abraço Pedro Pugliese
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