lembro-me do dia
em que violentamente
morria sufocado
pela tua saliva
lembro-me do último
sentido do paladar
do veneno enfermo
(sem antídoto ou cura)
dessa louca união
lembro-me de sucumbir
afogado no suor
dos nossos corpos
de tanto esgotados
das suas colisões corporais
a espalhar gemidos infernais
indolor e sem sofrer
não consegui sentir
os seus efeitos colaterais
acidente fatal
sem ninguém para socorrer
fosse para bem ou mal
(desejasse ou não)
teve que acontecer
teve que acontecer
lembro-me da minha sorte
após perecer de tanta paixão
deu-se a vida depois da morte
2 comentários:
Magnífico poema grande poeta um grande abraço Pedro Pugliese
Não haja duvidas que quem sabe escrever sabe-o sempre. Soberbo!
Beijo
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