neste breve momento
vejo-te por entre onde não te posso ver
de ti não tenho retratos nem imagens
mas é tanto este meu querer
que tuas cores chegam nas
aragens
no trágico nevoeiro de D. Sebastião
onde levo o olhar no antes e depois
e a carne cheia e firme de teus seios
esconde-se por entre linhas de sombras
deixando os seus bicos transparecer
como suaves tetinas de biberão
onde aconchego minha boca
e enrosco minha língua em sua sede
todas as imagens de ti se sobrepõem agora
e desapareço por entre o beijo antes do beijo
tu continuas a mulher que sempre hás-de ser
eu apenas a ilusão do nevoeiro
de D. Sebastião
a surgir no amanhecer onde voltarei a nascer
2 comentários:
Amigo Jorge lindo discorrer cenário magnífico e tudo é muito bom Um abraço Pedro Pugliese
Lindo...
Bjo
Enviar um comentário