neste dia de chuva
trouxe-me gotas do céu
em águas de tuas lágrimas
não eram doces nem salgadas
eram reflexo das minhas palavras
que retornaram a mim
em forma de pingas acidas
a perfurar a pele
do meu corpo insano
pelo desejo carnal de ti
também me corroeram os ossos
e eu não consegui suster
esta imagem erguida de mim
que se desfez pelo chão
não sei de que água ou lágrimas
perdendo seu rasto na rua
e minha alma desprotegida
por te ver sair de meu lado
faz já esperar a saudade
saudade que há-de ser minha
pensava eu estar triste
quando deveria ser eu
a renunciar a alegria que queria
para que ela a ti regressasse
sou apenas um resto de melancolia
em toda a tua infinita tristeza
se me fosse permitido o arrependimento
entoava-o em tal forma o meu perdão
em doces palavras e melíflua poesia
sinto-te como já tivesses partido
pudesse eu algemar teus passos
e desprender-me dos meus receios
é grande esta dor de meus anseios
não saber se quero desistir
esperar o fim de te ver partir
e fazer da esperança uma lembrança
ficou tanto para dizer ou sentir
mais do que na realidade se imagina
mas a culpa foi toda minha
1 comentário:
GRANDE JORGE !!! MAS É ASSIM MESMO AS VEZES ERRAMOS OUTRAS ACERTAMOS !!! O IMPORTANTE É NÃO DESISTIR POIS FELIZ É CONDIÇÃO INERENTE AO BEM VIVER !!! BELO !!! AMIGO !!! UM GRANDE ABRAÇO Pedro Pugliese
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